Quero ser Analista Judiciário. Por onde começar?

Quero ser Analista Judiciário. Por onde começar?

em 28 Setembro 2018
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Olá,

Se seu objetivo é ser aprovado em um concurso para analista judiciário e quer saber por onde começar, você está no lugar certo.

Darei pra você três dicas que considero fundamentais para uma preparação de sucesso no maravilhoso mundo dos concursos para analista judiciário.

Essas dicas podem muito bem ser adaptadas à preparação para outros concursos, especialmente na área jurídica. Então, vamos lá:

 

Dica 1 - Quando começar a se preparar?

Quando começar a se preparar?

Esse aspecto é muito importante e sinto que aqui é que a maioria dos candidatos comete o seu primeiro erro grave. 

Grande parte dos estudantes começa a se preparar para um concurso depois que o edital já foi publicado (ou muito próximo disso).

As chances de uma preparação tão curta dar certo são mínimas e dependem essencialmente do nível de preparação prévia que o aluno detinha naquele momento.

Ou seja, eventual aprovação decorrerá muito mais da bagagem acumulada previamente do que dos estudos pós-edital, já que 2 ou 3 meses não são suficientes, em regra, para cobrir, com a qualidade necessária, o vasto conteúdo programático dos concursos para Analista Judiciário.

Um aluno com histórico longo nos estudos, seja para vestibular ou concursos, tem maiores chances de ser aprovado em uma preparação de curto prazo. Mas, mesmo assim, a probabilidade de aprovação será muito maior se a seguinte dica for seguida: prepare-se com antecedência.

Então, quando eu devo começar a me preparar para o concurso dos meus sonhos?

Com pelo menos 1 ano de antecedência. O candidato que começa a estudar hoje deve sondar os concursos cujos editais estejam sendo cogitados para daqui a mais ou menos 12 meses.

Claro que esse tempo não é tão exato. Dependendo do seu nível, você pode pensar com mais, ou menos antecedência. Como média, eu diria que 1 ano de preparação dá uma boa margem de segurança.

 


BÔNUS: Se você quer saber mais sobre quando começar a estudar para concurso públicoclica aqui e confere essa postagem detalhada feita pelos consultores e coaches da VP Concursos. ;)

 

 

Dica 2 - Como escolher o concurso que vou me preparar?

Como escolher o concurso que vou me preparar?

Outra problema comum aos novatos no inebriante universo dos estudos para concursos é a falta de foco.

Ponto fundamental na estratégia rumo à aprovação é a escolha do concurso a se preparar.

Não adianta atirar para todo lado, sem método.

Para isso, existe uma série de critérios que podem ser utilizados, tais como: salário, cidade/estado de lotação, facilidade com as disciplinas cobradas, afinidade com as funções a serem desempenhadas e número de candidatos nomeados no último concurso/ previsão de nomeações no próximo certame.

Dessa forma, é fundamental que o candidato esteja bem informado acerca dos cargos que irá pleitear.

Para o estudante em início de “carreira” acredito, e isso é uma opinião muito pessoal, que o salário não deve importar tanto.

O importante é ser nomeado no seu primeiro cargo público.

Depois que você tiver tomado posse e entrado em exercício certamente terá muito mais tranquilidade psicológica, e até mesmo financeira, para prosseguir nos estudos, caso almeje algo mais.

Um critério mais sensível é o do local de lotação.

Há pessoas que não se importam em ter que se mudar para outro estado a fim de assumir um cargo.

Se esse for seu caso, a aprovação deve vir mais rápido.

Se não for, é perfeitamente compreensível. Mas o aluno deve ter consciência de que restringir geograficamente o espectro de concursos também acarretará, muito provavelmente, um tempo maior de espera na fila dos candidatos.

A facilidade e o conhecimento prévio das disciplinas cobradas podem encurtar bastante o caminho do candidato rumo à aprovação.

É importante verificar entre os concursos que devem sair daqui há 1 ano (vide último sub tópico) qual ou quais mais se identificam com o seu conhecimento prévio.

Especificamente quanto aos concursos para analista judiciário, algumas disciplinas dificilmente estarão de fora: Português, Constitucional, Administrativo, Civil, Processo Civil, Penal e Processo Penal. Resta ao candidato eventualmente escolher focar em concursos em que caiam ou não caiam Informática e Raciocínio Lógico, disciplinas que os alunos costumam ter mais dificuldade.

De todo modo, caso a primeira dica tenha sido adotada (preparação com antecedência), não haverá necessidade de “fugir” de nenhuma disciplina, haja vista que haverá tempo suficiente para trabalhar essas matérias menos queridas pelo grande público.

E caso isso seja feito com qualidade, será um grande diferencial com relação aos demais candidatos, o que pode ser decisivo para sua nomeação.

Outro critério para escolha do concurso a se preparar é a afinidade com as funções desempenhadas.

Como estamos abordando mais especificamente os concursos para analista judiciário, esse critério não será tão decisivo, uma vez que as funções não diferirão tanto de um tribunal para outro.

O fator que será mais distintivo entre um cargo e outro é a competência material do tribunal. Tribunais trabalhistas, eleitorais e militares são mais específicos. Nesse caso, alunos que tenham mais afinidade com alguma dessas áreas podem utilizar esse critério para escolher o concurso a se preparar.

Por fim, o critério que eu considero mais importante para o candidato que ainda não foi aprovado em nenhum concurso: número de candidatos aprovados no último concurso/previsão de nomeações no próximo certame.

Se o objetivo é ser nomeado, o ideal é focar em um concurso que chame muita gente.

Para mim, esse é o critério decisivo para quem ainda está fora do serviço público.

Pesquise a fundo e verifique quantos foram nomeados no último certame e quantos devem ser nomeados no próximo. Eu focaria nos dois concursos que tivessem mais vagas a oferecer (desde que os conteúdos programáticos sejam aproximados, o que normalmente ocorre em concursos para analista judiciário).

Os segredos que os concurseiros aprovados não contam

 

 

Dica 3 - Como escolher o material de estudo?

Como escolher o material de estudo?

A última dica que deixo aqui para aqueles que estão iniciando sua aventura no idílico, paradisíaco, diria até que lúdico planeta dos concursos para analista judiciário diz respeito à escolha dos materiais.

Principiologicamente falando, o mais importante a dizer é que a escolha do material não deve se basear tão-somente, nem sequer principalmente, no seu tamanho.

Isso serve especialmente àqueles que seguirem a primeira e mais importante das dicas, a da preparação com antecedência.

O mais importante é escolher um material que te possibilite formar uma base sólida de conhecimento.

 


BÔNUS: Se você quer saber mais sobre a escolha de materiais clica aqui e confere essa postagem detalhada feita pelos consultores e coaches da VP Concursos. ;)

 

Se o aluno utilizar esses mais ou menos doze meses de estudo que terá antes da publicação do edital para aprender, e não apenas memorizar um maço de informações desconexas (é o que normalmente acontece com quem tenta ler todos os resumos e assistir todas as vídeo-aulas oferecidas pelos cursinhos nos 2 ou 3 meses que antecedem a prova), sairá desse período preparado não apenas para ser aprovado no concurso de analista judiciário, mas também terá pavimentado o caminho de sua futura aprovação em eventuais concursos que pretenda fazer posteriormente na área jurídica, seja para delegado, promotor, procurador da república, juiz, defensor ou advogado público.

Então, o que pode parecer aos mais apressados uma “perda de tempo”, na verdade é o que você invariavelmente terá que fazer caso queira ser aprovado em outros concursos.

Pensando globalmente, você está economizando tempo e dinheiro ao investir em um material mais didático e aprofundado.

Além disso, lembre-se que quanto mais resumido o material, mais conhecimento prévio o autor do texto pressuporá que você detém.

Caso você esteja dando seus primeiros passos na preparação, ainda não deterá esse conhecimento prévio.

Portanto, creio que materiais mais resumidos sirvam melhor para uma revisão de última hora (última hora = depois que o edital foi publicado). Materiais resumidos funcionam melhor para aqueles candidatos que já pagaram o preço (e estão preparados para colher os frutos) do estudo prévio por materiais mais aprofundados.

Ao me referir a materiais mais aprofundados quero dizer livros. Os livros, em regra, são mais didáticos e aprofundados que as apostilas.

Em vez de apenas expor o resultado, explicam os passos que levaram àquele resultado. É muito mais fácil entender e até memorizar uma informação depois que se entende o seu porquê.

 

DICA BÔNUS! \o/

Dica Bônus

Como bônus, deixo aqui algumas dicas de bibliografia. Entendo que esses livros compõem a melhor relação tamanho/benefício quando se pensa na formação da base de conhecimento jurídico necessária à preparação não apenas para os concursos de analista judiciário, mas para qualquer certame na área jurídica.

Vamos lá:

Constitucional: Direito Constitucional Esquematizado – Pedro Lenza

Administrativo: Manual de Direito Administrativo – Matheus Carvalho

Penal e Processo Penal: Sinopses da Juspodium (ATENÇÃO: não me refiro aos resumos, mas às sinopses mesmo)

Civil: Manual de Direito Civil, Volume Único – Flávio Tartuce

Processo Civil – Manual de Direito Processual Civil, Volume Único – Daniel Amorim Assumpção Neves.

 

O sucesso no mundo dos concursos está baseado nessa trinca

O sucesso no mundo dos concursos está baseado nessa trinca

Bom, espero que essas dicas funcionem para você como funcionaram para mim. Realmente acredito que o sucesso no mundo dos estudos está baseado nessa trinca: preparação com antecedência, escolha certa do concurso a se preparar e escolha correta dos materiais.

Em suma, se você está iniciando agora os estudos para analista judiciário:

- Comece a se preparar pelo menos 1 ano antes da publicação do edital;

- Escolha focar em concursos que tenham a tradição de nomear muitos candidatos;

- Forme sua base de conhecimento a partir de livros.

Caso tenha gostado do texto, compartilhe nas suas redes sociais. Caso tenha alguma dúvida, pode deixar nos comentários ou me enviar um e-mail (diegobrunno84@gmail.com). Responderei o mais rápido possível.

E se você conhece uma ou mais histórias de sucesso que não tenham seguido esses passos, compartilhe comigo. Não existe fórmula mágica. Não há apenas uma única maneira de alcançar a aprovação. Essas são apenas dicas que considero que te darão um caminho mais seguro rumo ao seu objetivo.

Consultor Diego Brunno