3 erros que vão destruir seus estudos concursos jurídicos.

3 erros que vão destruir suas chances de aprovação em concursos jurídicos.

Será que você está sabotando seus estudos e nem percebeu? Aprenda agora a escapar dos 3 erros mais comuns na hora de estudar para concursos jurídicos.
em 26 Junho 2019
Início > Blog > 3 erros que vão destruir suas chances de aprovação em concursos jurídicos.

Olá caro estudante!

Hoje vamos falar um pouco sobre erros que devem ser evitados por aqueles que desejam se aventurar no fantástico mundo dos
concursos jurídicos.

Apontarei três falhas que, na minha opinião, são as mais comuns entre aqueles que almejam ocupar cargos nas carreiras jurídicas.

Respire fundo e vamos nessa:

 

ERRO 1- FALTA DE FOCO

FALTA DE FOCO

A primeira coisa que você deve decidir antes mesmo de começar a se preparar para um concurso é exatamente que concurso você quer fazer.

Simplesmente dizer que quer passar, não importa no quê, é o primeiro passo para fracassar.

Dizer que quer passar em qualquer concurso, sem importar qual, parece refletir uma certa falta de comprometimento com o processo de aprendizado, gerando até mesmo a desvalorização dos resultados que eventualmente podem ser alcançados no futuro.

Esse tipo de postura é contraproducente e não condiz com o mindset daqueles que estão preparados para alcançar o que desejam.

Saiba exatamente quanto custará/custa/custou a realização do seu sonho. Valorize isso desde o princípio. Decida aonde quer chegar e planeje sistematicamente cada passo da preparação.

Portanto, uma das primeiras coisas que o candidato deve saber é o cargo que gostaria de ocupar.

“Quero ser Juiz, quero ser Procurador do meu Estado, quero ser Defensor Público etc.”

Isso te fará começar os estudos comprometido com um processo que você sabe ou deveria saber que será de médio/longo prazo.

Faz com que cada pequeno avanço, cada disciplina vencida, seja motivo de celebração pessoal.

Isso gerará, inclusive, uma maior valorização do resultado que será alcançado, ainda que não seja exatamente para aquele cargo que se almejava no início dos estudos (totalmente natural – a vida toma muitos caminhos, é comum que se mude de ideia ou que quando o edital ou até mesmo a nomeação para o concurso dos sonhos saia você já esteja feliz e satisfeito em outro cargo).

Além disso, não “atire para todo lado”. Caso seu foco seja os concursos da área jurídica, não saia fazendo todo concurso que abre, independentemente do conteúdo programático e da área. Concursos jurídicos em geral têm pouco a ver com os da área fiscal ou de controle e poucas disciplinas em comum com concursos de nível médio.

Não há problema fazer vários concursos. Fazer prova é ótimo para treinar e acessar o seu nível de conhecimento em determinada fase dos estudos.

Estabeleça uma ou duas provas “A”. Os cargos que são do seu máximo interesse. No meio do caminho, faça mais provas, de prioridade B ou C. Mas essas provas devem ter em comum pelo menos 70/80% do conteúdo da sua prova A.

E mais, não vá para toda prova esperando ser aprovado. Vá para se testar nas disciplinas que você efetivamente já teve tempo de se preparar. Caso essas provas-treino sejam feitas em estágios avançados do estudo, naturalmente as aprovações virão, sem que você precise mudar o seu foco e planejamento iniciais.

Isso aconteceu comigo e com muitos colegas. Também vai acontecer com você se você souber aonde quer chegar e tiver feito um planejamento sistemático e metodológico para alcançar a aprovação.

 

ERRO 2 – PRESSA DESPROPORCIONAL PARA SER APROVADO

É claro que todo mundo que ser aprovado o mais rápido possível para o melhor concurso possível. Isso não é ruim, desde que a atitude seja canalizada da forma correta.

A atitude errada, muito comum, é a de concentrar um esforço enorme em um espaço curto de tempo, escolhendo o material mais resumido do mercado e, dentro disso, ainda tentando adivinhar os tópicos que irão cair. As chances de isso dar certo são mínimas, especialmente se você nunca se deu tempo para construir uma base sólida de conhecimento.

Isso faz com que a grande massa dos candidatos estude tempo demais por um período curto de tempo, seguido por uma reprovação, que é seguida de um tempo enorme afastado dos estudos por frustração e falta de motivação. Até que surja um novo “concurso dos sonhos” que vai sair daqui há seis meses.

É o famoso estudante por temporadas, estuda três meses e para seis. Estuda mais quatro e para cinco. Vai estudando de edital em edital, sem método, sem planejamento, sem constância, sem disciplina e sem resultados. Isso explica por que o pequeno grupo de aprovados em cada concurso sempre conta com as mesmas figuras. Porque esses são os poucos que fazem a coisa certa. Estudam de forma constante, sistemática e contínua.

Conhecimento leva tempo para ser adquirido, mais tempo ainda para ser sedimentado. Para se tornar competitivo no mundo dos concursos jurídicos, você terá que praticar, ler e reler muitas vezes as mesmas coisas, às vezes no mesmo material, às vezes tendo que complementar seu material com outros materiais.

Não há atalhos. Costumo dizer aos meus alunos que o que eles podem fazer para acelerar os resultados é estudar o máximo de horas possíveis por dia (com qualidade), pelo maior número de dias possível e fazendo com que cada hora estudada renda o máximo possível.  Assim o avanço nas disciplinas será o mais rápido possível, mas da forma correta.

Em outras palavras, quanto maior o sacrifício de tempo livre, mais rápido virão os resultados, desde que não se sacrifique a qualidade do material e do método de estudos aplicado.

Não se deve tentar adivinhar o que vai cair, escolhendo que tópicos estudar e que tópicos negligenciar. Não se deve iniciar os estudos para a área jurídica pensando em ler o mínimo possível. Pensar em se preparar para um concurso jurídico dessa forma é desvalorizar e desconhecer o sacrifício daqueles que chegaram aonde você quer chegar.

Você provavelmente terá que fazer provas discursivas e orais, acostume-se a ler muito. Você vai precisar, e isso vai te ajudar a escrever melhor e a verbalizar melhor o conhecimento que arduamente adquiriu.

Portanto, não corra atrás do edital se para isso você precisar negligenciar a qualidade dos seus estudos e do seu material. Escolha um edital que te dê tempo suficiente para se preparar de maneira correta (bons materiais e método adequado).

As chances de o resultado vir serão muito maiores. Inclusive, em vez de uma (embora uma baste, já abordei no tópico anterior porque entendo que esse pensamento é contraproducente), você terá várias aprovações e a chance de escolher que cargo quer ocupar.

 

ERRO 3 – FALTA DE MÉTODO

Como já dizia o velho Alberto, vulgo Einstein, “Falta de tempo é desculpa daqueles que perdem tempo por falta de método”.

A adoção do método adequado vai te fazer ser aprovado mais rápido e vai te permitir aproveitar melhor o tempo disponível para os estudos. Isso não significa que você vai estudar 6 meses e ser aprovado em concursos com salários de vinte, trinta mil reais. Provavelmente serão necessários alguns anos de preparação para ser aprovado em concursos desse nível.

Nos termos do tópico anterior, é preciso estabelecer metas realistas em relação ao nível de conhecimento que se tem no início dos estudos, levando em consideração o ponto onde será preciso chegar para ser aprovado.

Você deve, portanto, adotar o método mais adequado para se preparar para o cargo que você almeja. Já disse antes que concursos da área jurídica em geral contam com fases discursivas e orais. Isso deve ser levado em consideração no início da preparação, pois influencia na escolha dos materiais e na forma como se lê cada material.

O método que considero mais adequado para esse tipo de concurso é o de estudar duas disciplinas por vez, começando pelas que sejam mais importantes para o respectivo cargo.

É importante estabelecer algum critério para escolher porque disciplina começar a preparação. O critério que considero mais útil é o de começar pelas que sejam mais importantes para o cargo que se tem em vista. Mas com ponderações.

Ainda que Direito Tributário seja talvez a disciplina mais importante para o concurso de Procurador da Fazenda Nacional, considero mais didático estudar Constitucional antes de Tributário, já que aquele ramo, como todos os outros, busca fundamento no texto constitucional.

Quase sempre, então, prefiro começar pelas disciplinas mais genéricas, amplas e fundantes das que se seguirão.

Essas são as que considero mais importantes, por isso, quase sempre prefiro começar por Constitucional e Administrativo (português, caso esteja no edital, também é uma das disciplinas mais relevantes).

Dessa forma, caso o edital da sua prova "A" tenha saído antes de você concluir o estudo de todas as disciplinas, pelo menos as que faltarem serão aquelas que proporcionalmente têm menos impacto para a nota final.

Essa regra tem exceção nas hipóteses em que o candidato já possui uma boa base nessas disciplinas fundamentais. Então podemos avançar algumas etapas e começar por matérias mais específicas.

Outro passo que considero importante nas preparações para esse tipo de concurso é o de não estudar muitas disciplinas de uma vez.

É preciso se debruçar sobre as questões que giram em torno daquela matéria. Refletir os princípios, causas e consequências dos institutos, dos julgados e das legislações que estão sendo estudadas.

Uma vez que você entende o mecanismo de uma disciplina, muito mais fácil será entender as leis que a regem e a jurisprudência correspondente.

Esse conhecimento esclarecido, contextualizado e fundamentado ajuda demais nas fases mais agudas do concurso, que são as provas discursivas e orais.

Assim, prefiro abordar duas disciplinas por vez, sempre buscando casar matérias que se entrelacem, justamente porque facilita esse processo de aprendizado fundado no estudo contextualizado e aprofundado dos temas mais relevantes de cada capítulo.

Constitucional com Administrativo, Civil com Processo Civil, Penal com Processo Penal, Trabalho com Processo do Trabalho, tributário com financeiro etc. Esse tipo de estudo proporciona maior tempo de contato com as especificidades que rodeiam cada área do conhecimento jurídico que se está estudando.

 

CHEGA DE ERRAR, CORRIJA OS RUMOS E CORRA PARA O ABRAÇO.

"Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros"

É isso aí. Você tem que me ajudar a te ajudar. Siga essas dicas e se prepare para o sucesso no mundo encantado dos fascinantes cargos jurídicos.

Corrija os rumos da sua preparação com as seguintes dicas:

  •  Não atire para todo lado. Saiba os concursos que quer fazer (provas A) e faça provas-treino cujos conteúdos programáticos sejam próximos entre si;
  • Não tenha pressa. A pressa deve ser proporcional ao tamanho do edital que se terá que enfrentar, ao nível de preparação em que o candidato se encontra e ao nível de competitividade dos concursos que pretende fazer. Quer passar no menor tempo possível? Estude o máximo de tempo possível por dia, o máximo de dias por semana, o máximo de semanas por ano. Só não vai abrir mão da qualidade da leitura e do material escolhido;
  • Tenha método. Estude duas disciplinas por vez, começando pelas mais relevantes para as provas que você pretende fazer.

Gostou do texto?

Compartilhe nas suas redes sociais. Ficou com alguma dúvida?

Pode me enviar um e-mail (diegobrunno84@gmail.com) que responderei o mais rápido possível.

Mais uma vez, caso você conheça uma ou mais histórias de sucesso que não tenham seguido esses passos, não deixe de compartilhar comigo. Há muitas maneiras de se alcançar a aprovação.

Mas acredito que evitando esses erros o caminho para o sucesso nos concursos da área jurídica será mais seguro.

Até a próxima!

______________________________________________________________________________________

SOBRE O CONSULTOR

DIEGO BRUNNO

Consultor

Advogado da União, foi recentemente aprovado no concurso para Procurador do Distrito Federal (22º lugar). É Bacharel em Direito pela Universidade de Brasília e Especialista em Direito Público. Foi também Agente Administrativo da Polícia Federal, Técnico Administrativo e Analista Processual do Ministério Público da União. Aprovado ainda nos concursos para Procurador da Fazenda Nacional (6º lugar) e Analista Judiciário do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, bem como no Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília para o curso de Letras-Português.