Como criar um cronograma de estudos ?
Quando o assunto é concurso público, organizar a carga horária de estudo é quase tão importante quanto propriamente estudar.
Essa frase pode até soar como exagero, mas a verdade é que se você quer passar em um concurso público, estudar de forma aleatória, sem planejamento, não é uma alternativa.
Muitos concurseiros precisaram aprender essa lição da forma mais dolorosa, sendo reprovado em vários concursos, só para depois de muito sofrer, entender que sem um plano de estudo para concurso, sua chance de ser aprovado é praticamente zero.
Mas até chegar nesta conclusão, muito tempo e grandes oportunidades já foram perdidas...
Uma das ferramentas mais importantes para planejar e organizar os seus estudos para concursos público, é a elaboração correta de um cronograma.
Quem organiza os estudos através do uso contínuo de um cronograma, tende a obter um resultado exponencialmente maior do que alguém que estuda apenas guiado pela intuição (acordei hoje com uma vontade de estudar direito penal... Sonhei com um português ontem, com certeza hoje é o dia de estudar essa disciplina... rsrsrs).
Porém, como criar um cronograma de estudos para concurso público que dê a você a segurança de estudar da forma correta?
Como não quero que você perca tempo estudando da forma errada, decidi criar um artigo para ensinar você a como criar um cronograma de estudos, e realmente aumentar as suas chances de ser aprovado em concurso público com um plano de estudo adequado.
Para me ajudar nesta missão, chamei um time de peso:
4 Coachs de concursos da VP Concursos, de diferentes áreas (especialistas aprovados em diversos concursos dos mais importantes do país), para dar o caminho das pedras para você criar o seu cronograma e ser aprovado!
Sem mais delongas, com a palavra os professores da VP Concursos.
ÍNDICE DE CONTEÚDO
1. Como criar um cronograma de estudos?
1.1. A importância de construir um cronograma e estudar de forma organizada.
1.2. Passo a passo para criar um cronograma de estudos infalível
1.3. Planejamento micro (cronograma semanal)
2. Como construir um cronograma de estudos baseado nos tipos de disciplinas
2.1. Disciplinas estruturantes e Disciplinas Motivantes
3. O que não pode faltar em um cronograma para a área policial?
4. O Segredo da galinha dos ovos de ouro
4.1. Os 3 tipos de planejamento para concursos públicos e maratonas :)
4.2. Como criar um cronograma de estudos dinâmico
4.3. Seja verdadeiro consigo mesmo e não procure atalhos
Como criar um cronograma de estudos?
Olá, amigo concurseiro!!
Meu nome é Rafael Lima, consultor da VP Concursos.
O nosso assunto hoje é sobre planejamento de estudos.
Quando nos decidimos a estudar para determinado concurso, inevitavelmente, surgem muitas perguntas sobre como realizar um plano de estudo adequado que te conduza, de fato, à tão sonhada aprovação.
É muito comum conhecermos pessoas que estudam muito e há um bom tempo, porém, não atingem o resultado esperado.
Muitas vezes a causa do insucesso está relacionada ao planejamento incorreto do estudo.
O planejamento para concursos envolve a seleção de materiais, o correto diagnóstico sobre o conhecimento do aluno nas diferentes disciplinas relacionadas ao edital e, sobretudo, a organização da carga horária semanal de estudos.
# O que acontece se eu não organizar minha carga horária?
Em minha experiência como consultor da VP Concursos, verifiquei que muitos alunos não planejavam seus estudos.
Estudavam muito tempo determinadas matérias, mas deixavam de lado disciplinas cruciais à aprovação.
Outros, não resolviam exercícios ou não faziam revisões periódicas sobre os assuntos estudados. Esses poucos exemplos, fatalmente, têm enorme peso no desempenho do candidato no dia da prova.
Sem uma adequada organização, o aluno pode ficar muito tempo sem estudar determinada disciplina, o que pode comprometer toda a compreensão do conteúdo.
Outro problema: muitos alunos estudam inúmeras vezes os assuntos iniciais de algumas matérias (como Princípios Fundamentais, em Direito Constitucional), mas pouco ou nunca estudaram os tópicos finais das disciplinas (como Controle de Constitucionalidade, também em Direito Constitucional).
Por fim, mas também muito comum, é o aluno não se preparar para as questões discursivas de um concurso.
Normalmente, o aluno não reserva um tempo à prática de redações.
Isso é um grave erro e pode custar a aprovação!
Acho que você já cometeu algum (uns) dos erros citados, não é mesmo?
A importância de construir um cronograma e estudar de forma organizada
Sempre saliento com meus alunos: não basta apenas o “QUANTO” estudar, mas o “COMO” estudar é primordial!
Nesse sentido, podemos verificar que atualmente, dada a grande concorrência e especialização dos candidatos, a diferença da pontuação entre um aluno nomeado e outro não nomeado chega aos milésimos.
Essa ínfima diferença pode resultar de uma vírgula ou uma simples crase que o aluno deixou de colocar em uma redação.
Em provas objetivas que têm disciplinas com pesos diferenciados ou que possuem fator de correção (1 resposta Errada anula 1 Certa, como no Cespe/Cebrape), errar uma questão faz toda a diferença!
Dessa forma, sua preparação deve primar pelo planejamento, zelo e assertividade.
Passo a passo para criar um cronograma de estudos infalível
Ao planejar seu estudo, você deve ter em mente o planejamento macro (tempo até o dia da prova) e o planejamento micro (cronograma semanal).
O planejamento macro que irá subsidiar o seu planejamento micro. Explico.
Ao realizar seu planejamento macro, você deve considerar algumas variáveis, dentre as quais destaco as principais:
1) Quantas horas eu posso estudar por semana?
2) Quantas semanas eu tenho até o dia da prova?
3) Quanto tempo destinarei para revisão final para a prova?
4) Quantas e quais as disciplinas são cobradas no concurso?
5) Quais as disciplinas têm maior peso na prova?
6) Quais disciplinas eu tenho maior dificuldade?
Após responder às perguntas acima, você terá uma noção inicial para realizar seu planejamento macro.
De posse do número total de horas de estudo até a prova (nº de semanas até prova X nº de horas de estudo/semana), você poderá distribuir esse valor pelo número de matérias.
Por exemplo: se eu tenho 35h de estudo por semana e a prova será daqui a 12 semanas, terei o total de 420h de estudo.
No entanto, o aluno também deve destinar um tempo para a revisão final para a prova.
Nesse sentido, sempre aconselhamos aos alunos a planejarem, no mínimo, duas semanas de revisão final.
Assim, o tempo para a revisão final será de 70h.
No nosso exemplo, eu teria 350h para estudar o conteúdo, excluindo-se a revisão final (420h – 70h = 350h).
Se eu tenho 7 matérias a estudar mais a redação, teoricamente, eu poderia destinar 50h de estudo para cada disciplina (350h/7matérias=50h/matéria).
Todavia, o planejamento não pode ser linear, ou seja, o candidato deve cotejar também o seguinte:
a) o peso de cada disciplina no total de pontos do concurso;
b) o volume do conteúdo cobrado em cada matéria;
c) grau de conhecimento em cada disciplina.
Quanto ao peso de cada disciplina, você deve analisar quantas questões estão previstas para cada disciplina e o respectivo valor de cada questão.
Por exemplo, determinadas bancas, normalmente, atribuem valor diferenciado a disciplinas que compõem o grupo Conhecimento Específico, como é o caso da FCC e da ESAF.
Quando a banca não explicita esse número, convém analisar o histórico do número de questões nas diferentes provas da banca.
Exemplo: o Cespe/Cebraspe, normalmente, cobra de 15 a 20 questões de Português em seus diversos concursos.
Superada a etapa de análise do peso de cada disciplina, você deve observar o volume do conteúdo cobrado em cada matéria.
Esse aspecto está relacionado ao número de aulas que você deverá estudar para cada disciplina.
Por exemplo, sabemos que o conteúdo de Direito Administrativo cobrado em provas, na maioria das vezes, é muito maior que o conteúdo de Ética.
Essa percepção é muito importante para que o aluno possa distribuir sua carga horária de forma adequada.
Por fim, o aluno deve fazer a autoavaliação acerca do seu grau de conhecimento em cada disciplina.
Obviamente, se o aluno está iniciando os estudos para concursos, esse quesito terá o mesmo peso para todas as matérias. Todavia, se o aluno já estuda/estudou, ele deve fazer uma análise pormenorizada sobre o seu conhecimento de cada matéria/assunto.
É recorrente encontrarmos alunos que sabem muito determinada parte da matéria, porém, desconhecem completamente outros pontos.
Isso se torna muito evidente, por exemplo, em Direito Constitucional.
Normalmente, o aluno domina “Classificações das Constituições”, mas sabe pouco ou muito pouco sobre “Controle de Constitucionalidade”.
Isso se deve a um erro muito frequente entre os alunos: estudar várias vezes a primeira parte da matéria e não conseguir concluir os últimos assuntos.
Tal erro está diretamente ligado à falta de planejamento e à inexistência de uma reflexão sobre o seu grau de conhecimento sobre os assuntos.
Assim, finalizamos o planejamento macro, ou seja, você já deverá estar de posse do número de horas que deverá destinar ao estudo de cada matéria, e, então, realizar o planejamento micro (cronograma semanal).
Planejamento micro (cronograma semanal)
Em seu cronograma semanal, você deverá prever ciclos de estudos contendo, no máximo cinco ou seis matérias.
Se o aluno prever muitas matérias numa mesma semana, a depender da carga horária de cada um, ele irá estudar novamente a matéria após um longo tempo, prejudicando o entendimento do assunto e favorecendo o esquecimento do conteúdo.
Esse ciclo de estudos, funciona da seguinte maneira: Teremos as matérias 1, 2, 3, 4 e 5, por exemplo.
No primeiro dia, iniciamos o estudo das matérias 1 e 2.
No segundo dia, concluímos as matérias 1 e 2.
Já no terceiro dia, iniciamos as matérias 3 e 4.
No quarto dia, concluímos as matérias 3 e 4, e iniciamos a matéria 5.
No quinto dia, concluímos a matéria 5, revisamos a matéria 1 (vista no ciclo anterior) e iniciamos o assunto subsequente da matéria 1.
No sexto dia, concluímos o assunto da matéria 1 e revisamos a matéria 2 (também vista no ciclo anterior) e iniciamos o assunto posterior dessa última matéria. E assim, sucessivamente, como ilustrado a seguir:
Obviamente, o exemplo acima é meramente ilustrativo e pode variar conforme a carga horária do aluno, o volume da matéria e o grau de dificuldade do assunto.
É imprescindível o aluno planejar resolução de exercícios após o estudo do conteúdo e nas respectivas revisões. Sugerimos, no mínimo, 40 questões de cada assunto.
O aluno deve prever também revisões do assunto estudado, antes de iniciar o conteúdo subsequente.
Por exemplo, se estudei Direitos Individuais e Coletivos na Aula 01, antes de iniciar a Aula 02, é necessário revisar aquela matéria, bem como refazer os exercícios que errou e aqueles que teve dúvidas.
Por fim, é interessante prever, ao menos, 60 a 90 min/semana para elaborar redações.
Atingir uma boa pontuação na redação é essencial para que o aluno seja aprovado dentro das vagas de determinado concurso.
Há certames em que a pontuação destinada à fase discursiva pode alcançar até 50% da nota total do exame intelectual (vide concurso para Oficial da Abin/2018).
Essas são grandes dicas para você planejar seu estudo de forma eficiente visando passar em um concurso público.
ESTUDAR ATÉ PASSAR ! FOCO, FORÇA E FÉ !
SOBRE O AUTOR
Auditor Federal Controle Externo do Tribunal de Contas da União. Bacharel de Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras – AMAN. Pós graduado em Controladoria. Exerceu ainda os seguintes cargos: Auditor Federal de Finanças e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional/Ministério da Fazenda, Analista Tributário da Receita Federal do Brasil, Analista de Controle Interno do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP/2015- 1º lugar) e Oficial de Carreira do Exército Brasileiro. Outras aprovações: Auditor de Controle Interno do Governo do Distrito Federal (ACI-DF/2014), Analista Administrativo do DNIT (DNIT/2013 – 2º lugar), Especialista do FNDE (FNDE/2013).
Como construir um cronograma de estudos baseado nos tipos de disciplinas
Olá, concurseiro!
Como ideia aqui, hoje, é tratarmos sobre a importância de se estudar seguindo um cronograma, e agregando ao que o Coach Rafael Lima já falou, vou revelar para você os pontos cruciais para criar um cronograma de estudo para concurso público da área fiscal.
Pórem, se você não está estudando especificamente para esta área, não se preocupe :)
Muito do que vou informar aqui pode ser aplicado em qualquer área de concurso público, sendo necessário apenas algumas adaptações em relação ao conteúdo, tudo bem?
Antes de mais nada, vale lembrar que o planejamento de estudos para um concurso é muito mais do que simplesmente empregar um cronograma.
Envolve conhecermos nossos pontos fortes e fracos, a análise da importância de cada disciplina no respectivo concurso, a seleção de materiais de estudo, a adaptação de nossas rotinas ao tempo até a prova, traçar uma estratégia para vencer os conteúdos, entre outros.
Poucos se dão conta disso, mas o tempo, como dizia um grande amigo, é um dos bens mais importantes de que dispomos.
Porque o dinheiro mal empregado pode ser recuperado, porém, o tempo, não volta atrás.
É aí que entra o cronograma: é uma ferramenta extremamente útil, porque direciona a forma que melhor empregaremos nosso tempo rumo a tão sonhada aprovação.
Trabalhar com um cronograma permite organizar nossos esforços, possibilitando o encadeamento lógico de disciplinas e a mensuração do trabalho empregado no estudo de cada uma delas.
Na elaboração de um planejamento e, da mesma forma, de um cronograma, eu classifico as disciplinas segundo alguns critérios:
Disciplinas estruturantes e Disciplinas Motivantes
# Disciplinas estruturantes
São os pilares para uma aprovação;
São aquelas em que você precisa necessariamente sair bem para ser aprovado, e/ou que permitem que você, por meio delas, possa entender os conteúdos de outras.
Exemplos: Português, Contabilidade, Direitos Constitucional, Administrativo e Tributário.
# Disciplinas motivantes
São aquelas em que o candidato possui mais facilidade, seja pela natureza de sua formação, seja pela familiaridade com o assunto, e que, por possibilitarem um rendimento maior, acabam por alavancar o estudo.
Exemplo: para engenheiros, Raciocínio Lógico, Estatística ou Matemática Financeira; para administradores, Administração Geral e Pública, Comércio Internacional ou Economia (claro que isso varia de pessoa para pessoa, na consultoria procuro identificar quais seriam as referidas disciplinas para o meu aluno).
# Demais disciplinas
Obviamente são importantes (todas são!), porém, não são estruturantes nem motivantes.
Para ficar mais claro, vamos a um exemplo prático, pensando na área fiscal.
Trabalhar inicialmente somente com disciplinas estruturantes pode parecer a melhor saída.
Porém, considerando que o estudo geralmente é de médio/longo prazo, e que o conteúdo dessas disciplinas estruturantes é mais pesado, precisamos também de um alento, inserindo na nossa programação uma disciplina motivante, de maneira que, ao mesmo tempo em que avançamos em seu conteúdo, mantemos nossa motivação e nosso gás para estudar todas as outras.
Trabalharemos inicialmente com 5 disciplinas: Português, Direito Tributário, Direito Constitucional, Contabilidade e Raciocínio Lógico.
Fazemos um diagnóstico preliminar, considerando o peso da disciplina no último edital, o nível de conhecimento que possuímos dela (para atribuirmos um peso a cada uma) e a quantidade semanal de horas disponíveis para o estudo
Para ficar ainda mais claro, crei um passo a passo...
Exemplo prático de como criar um cronograma de estudos para Área Fiscal ( pode ser facilmente adaptado para as outras áreas)
# Passo 1 - Identifique a sua quantidade de horas semanais.
# Passo 2 - Defina o seu nível de conhecimento ( 1 à 3):
1 - até 49% de acertos
2 - entre 50% e 79% de acertos
3 - de 80% até 100% de acertos
# Passo 3 - Defina o peso na prova anterior
Neste momento você deverá verificar o peso de cada disciplina que você pretende estudar no seu edital anterior ( ou no atual caso já tenha sido publicado).
Aqui as informações podem variar de edital para edital, nas provas do ISS-SP e ICMS-SP costuma ser entre 1 à 3. Na Receita, por exemplo, os pesos são 1 e 2.
# Passo 4 - Defina o peso atribuido ( 1 à 3)
Para definir este ponto, os extremos (balizadores) seriam os seguintes: se você entende muito de uma disciplina e ela tem pouco peso na prova, atribuir 1; se você sabe pouco da disciplina e ela tem grande peso na prova, atribuir 3, se encaixar em um ponto intermediário a isso atribuir 2.
Ex: Você definiu que seu nível é 3 para conhecimento porém ela é peso 1 no que diz respeito ao peso da prova, dessa forma você deverá atribuir como " Peso atribuído" a nota 1.
# Passo 5 - Calcule a quantidade de horas e crie seu cronograma
Após concluir todos os outros passos, basta você multiplicar a quantidade de horas disponíveis para estudo na semana, pela divisão do peso atribuído a disciplina / o número total de peso atribuído para todas as disciplinas.
O Resultado vai ser igual a quantidade de horas que você deve estudar a disciplina na semana.
Por fim, criei uma tabela de exemplo, considerando uma pessoa que trabalha durante o dia, e possui 4 horas disponíveis para o estudo durante a semana.
Dessa forma, poderíamos distribuir as disciplinas da seguinte forma:
No cronograma proposto, procurei iniciar os estudos com as disciplinas com maior peso na prova.
Mas, eventualmente, poderia ser adotado um outro critério, como a maior facilidade com a disciplina, o que acaba por nos motivar a seguir com os estudos até o final da noite.
Uma vez cobertos os conteúdos das disciplinas iniciais, o cronograma deve ser novamente ajustado, até que sejam estudados todos os conteúdos.
Como eu mencionei no início, o cronograma é uma ferramenta importantíssima.
O seu emprego, juntamente com outras ferramentas de planejamento, é fundamental para a conquista do tão sonhado cargo público, podendo ser empregado, inclusive, em outros projetos de vida - viagens, casamento, a vinda da cegonha, a aquisição da casa dos nossos sonhos... o céu é o limite!
Como dizia Shakespeare:
“Nós somos do tecido de que são feitos os sonhos”.
Com um sonho em vista, e um planejamento em mãos, tudo está ao nosso alcance!
Bora realizar seu sonho?
Forte abraço!
SOBRE O AUTOR
Auditor Fiscal Tributário Municipal, na Secretaria da Fazenda do Município de São Paulo, desde 2007. Formado em Direito (2017), aprovado no XXIII Exame Unificado da OAB, e em Engenharia Civil (1999); extensão em Finanças pela FIA – Laboratório de Finanças (2003). Aprovado também nos concursos de Analista do Banco Central (2006) e de Analista de Planejamento e Orçamento do MPOG (2003).
O que não pode faltar em um cronograma para a área policial?
Alguns alunos escolhem permanecer na zona de conforto e vão seguindo os seus estudos sem qualquer planejamento.
Assim, muitas vezes, ficam semanas ou meses estudando apenas uma matéria, no tempo que lhes sobra do dia, após a realização de todas as demais tarefas.
Então, na tentativa de evitar alguns erros comuns, seguem abaixo algumas razões para que o estudo siga um cronograma organizado:
#1 Quais os benefícios de estudar através de um cronograma?
A falta de uma meta diária pode passar uma falsa sensação de sobra de tempo.
O aluno vai progredindo no dia a dia, mas não tem ideia se, de fato, conseguirá fechar o conteúdo até a data da sua prova.
Ao estabelecer metas diárias, sem sombra de dúvidas, a cobrança sobre si mesmo será bem maior.
Mesmo que as metas não sejam cumpridas à risca, haverá uma tentativa de chegar bem perto delas.
Em paralelo, se você cumpre aquilo que foi determinado, haverá, a cada dia, um sentimento bom de dever cumprido.
Com isso, a ansiedade, que parte daquele pensamento de não saber se está fazendo o certo, poderá diminuir bastante.
#2 Como elaborar um cronograma?
Essa resposta depende de uma série de fatores.
Como já vimos neste artigo, é necessário um conhecimento sobre: a sua rotina; seu rendimento na leitura e resolução de exercícios; seu estudo prévio em cada uma das disciplinas do conteúdo programático; seu material disponível é o adequado para o seu concurso; dentre outros.
É difícil responder essa pergunta com uma fórmula genérica.
De qualquer maneira, a sugestão principal é verificar qual o seu rendimento médio por dia e sempre puxar apenas um pouco para cima, quando for estipular a meta diária.
Outra dica seria a criação de um cronograma bastante realista, para evitar o efeito colateral de aumentar a frustração.
#3 O que não pode faltar em um cronograma de estudo para a área policial?
As matérias que caem em todos os concursos da área policial são: Constitucional, Administrativo, Penal e Processo Penal.
Algumas provas para Delegado de Polícia não cobram Português, Informática e Raciocínio Lógico.
Contudo os concursos para os cargos de agentes, inspetores, investigadores e escrivães não só costumam cobrar como têm dado um peso grande a elas.
Além do estudo para as matérias supracitadas, é importante ressaltar a necessidade de guardar um espaço no cronograma para as atividades físicas, principalmente para aqueles concurseiros que estão muito longe de atingir os parâmetros do TAF (Teste de Aptidão Física).
É certo que não existe uma receita de bolo sobre ordem, quantidade de horas e matérias que devemos estudar.
Porém, sem dúvida alguma, a criação de um cronograma organizado faz o concurseiro entender que o seu tempo é escasso e que aquele suposto caminho seguro, na verdade, o fará gastar muito mais tempo para andar na fila da aprovação.
SOBRE O AUTOR
Delegado de Polícia do Estado do Espírito Santo desde 2014. Aprovado, entre os nomeados, para Delegado de Polícia do Estado do Paraná (concurso 2013/2014). Advogou de 2010 a 2014, com ênfase em Direito Previdenciário. Graduado em Direito pela UFRJ (2010).
O Segredo da galinha dos ovos de ouro
Olá concurseiro, eu sou a Paula Gonçalves
E estou aqui para te contar o segredo da galinha dos ovos de ouro :)
Exatamente.
Vou detalhar minuciosamente como você deve se planejar para fazer uma prova de concurso.
O cronograma é parte deste planejamento, parte importante, mas somente uma parte.
Alguns de vocês já devem saber que sou formada em Educação Física.
O que vocês não sabem é que fui maratonista, já completei treze maratonas.
Olha, você pensando...
Que viagem é essa, o que as maratonas que completou tem a ver com o meu planejamento para concurso?
Tem tudo a ver.
O planejamento para realizar uma prova de concurso, muito se assemelha ao de uma maratona.
Vamos lá....
Os 3 tipos de planejamento para concursos públicos e maratonas :)
Você tem três tipos de planejamento para maratona (e concursos).
O de longo prazo, de no mínimo seis meses até a prova (no caso do concurso, o tempo varia de acordo com a sua disponibilidade para estudo e sua bagagem – quantos concursos já fez).
Os de médio prazo, que são os ciclos em seu grande planejamento de modo que não quebre no dia da prova (ninguém consegue dar o máximo o tempo todo, tem de ter altos e baixos).
No caso dos concursos, eu diria que os de médio prazo são as matérias que vai conquistar em cada passo.
Por mais que queira estudar de modo dinâmico, existe um máximo de conteúdo que consegue pegar por vez.
Você vai matando as matérias e voltando nelas por exercícios, de modo que esteja tudo sempre muito vivo em sua cabeça.
Por último, tem-se o cronograma.
No caso da maratona, o cronograma diz quanto vai correr todos os dias e que tipo de corrida vai ser (intensidade, volume, subida....).
No caso do concurso, o cronograma diz o que você vai fazer naquela semana para conseguir conquistar seu planejamento de médio prazo.
Agora, vou te contar uma verdade.
O cronograma é um instrumento que pode não funcionar para todo o mundo.
Contudo, quem consegue se adaptar a um cronograma tem diversas vantagens com relação aos demais candidatos.
A constância nos estudos.
Um objetivo a ser conquistado com um caminho certo até ele.
A possibilidade de otimizar seu tempo ao máximo.
Uma visão realista do seu nível e do quanto tem a melhorar.
A possibilidade de estar se cobrando de modo factível com relação ao desempenho e a quantidade de estudo.
Entre outras que vai encontrar pelo seu caminho.
# Por onde começar ?
Voltando para a maratona....
Você quer correr a sua primeira, como proceder?
Bom, primeiro, você tem de conhecer seu corpo, saber se ele aguenta o tranco.
O ideal é fazer uma visita a seu médico e explicar para ele seus planos, ele vai te encher de exames.
Quando estava correndo, fazia anualmente um teste de esforço e um doppler do coração.
Nunca me lesionei, mesmo tendo chegado a fazer cem quilômetros de corrida por semana nos meus treinos.
E agora, o concurso.
No caso do concurso, você tem de conhecer o seu edital.
Leia com carinho e faça uma tabela com todas as matérias nele listadas e o conteúdo específico de cada uma delas.
Importante ser bem minucioso aqui ( se você quer saber como tirar o melhor do edital, dá uma olhada neste artigo sobre como criar um edital esquematizado: https://vpconcursos.com.br/blog/como-criar-edital-esquematizado)
O seu objetivo é tirar no mínimo 80% de acerto em cada um desses tópicos.
Está fazendo seu planejamento de longo prazo?
Vamos dizer que escolha um concurso com sete matérias.
Escolha como primeiro foco aquelas que são sempre figurinha repetida (estão em todos os certames), normalmente, Língua Portuguesa, Direito Administrativo e Direito Constitucional.
Para todo mundo essas três matérias têm de estar dominadas, mas, para quem vai de Legislativo, têm de estar no sangue.
Não precisa terminar as três matérias para incluir uma quarta.
Defina um objetivo para esse seu planejamento de médio prazo, estar com 80% de aproveitamento em metade do conteúdo de cada uma dessas matérias.
Daí, insira uma nova.
Como criar um cronograma de estudos dinâmico
Ahhhhh!!!!
Quase ia me esquecendo.
Superimportante.
Seu cronograma deve ser dinâmico.
Não existe mais isso de ler quatro horas um livro seguido, ninguém aprende assim.
O cérebro precisa mudar de atividade ou vai começar a te enganar (sua leitura deixa de ser efetiva e você passa a perder um tempo precioso).
# Como tornar o cronograma dinâmico?
Trabalhe com três pilares: leis, doutrina e exercícios.
Muitos exercícios. Eu diria que 50% do seu cronograma tem de ser exercícios.
Sempre que terminar um tópico, teste seu conhecimento. Se não tirar 80% de acerto, volte no conteúdo. Se a nota for muito baixa (30%), leia tudo de novo, quer dizer que não assimilou nada.
Beleza, Paula! (você falando) Tirei 80%, não preciso mais olhar para a matéria.
NÃOOOOOOOOO. Nada disso.
Tirou 80%, deixa o conteúdo de lado por três ou quatro semanas e volte a se testar, se der 80%, fera.
Se não der, volte a ler o assunto (aqui não precisa ser toda a doutrina, mas um material resumido.... A não ser que a nota tenha sido muuuuuuito baixa).
Pegou?
O que eu estou falando para você é meio automático na minha cabeça.
Como professora de Educação Física, ajudei muita gente a correr maratonas.
Como Coaching de Concurso, a minha ajuda é outra, talvez um pouco mais nobre, conquistar o cargo público.
Seja verdadeiro consigo mesmo e não procure atalhos
Se você me perguntar se consegue fazer isso sozinho, eu vou dizer que consegue.
Contudo, como tudo que a gente se mete a fazer sozinho, existe o risco de estar se enganando e não conseguir o resultado esperado.
É importante que seja consciencioso e verdadeiro consigo mesmo.
Faça tudo by the book, não procure atalhos.
Você acha que se apostila fosse a chave do sucesso, as pessoas iam se sacrificar tanto para passar?
Corra para os livros, bons livros vão te dar o conhecimento que nenhuma apostila te dá.
O conhecimento que as bancas esperam de você. A apostila tem sua serventia, mas não para quem está começando, que nunca viu a matéria como um todo.
Nada de negligenciar a lei seca.
Se metade do seu cronograma deve ser de exercícios, 25% deve ser de lei seca.
E, olha, independente do seu concurso, a lei seca vai estar na sua prova.
Então, não perca tempo se martirizando, dizendo que é chato.
Leia seguidas vezes as normas que estão em seu edital e se teste.
Veja se realmente adquiriu o conhecimento necessário.
Se quiser saber como estudar a lei seca com eficiência, confere este artigo: https://vpconcursos.com.br/blog/como-estudar-lei-seca-com-eficiencia
E para quem vai de legislativo, tem de saber a Constituição e o Regimento Interno da Casa.
Não dá para ficar achando que ler em cima da hora vai trazer resultados, é a constância, aquela leitura repetida de quando em quando, que vai te dar a nota que precisa.
- Professora!!! (você de novo) – Quantas horas preciso estudar por dia? – Não sei!!! Rsrsrsrs....
E não sei mesmo, cada um é um. Tenho aluno que estuda três horas por dia (estuda, tem família e filho pequeno). Ele só tem essas três horas, mas, depois de um ano de estudos, já está obtendo resultados.
Eu diria que o mais importante não é o número de hora que irá estudar.
Claro!
Se estudar mais, tem chances de passar mais rápido, contudo, o mais importante não é o quanto se propõe a estudar, mas o quanto realmente estuda.
O meu aluno das três horas estuda as três horas.
Tenho alunos de seis, oito horas, que eu sei que não conseguem fazer tudo isso. Ás vezes, menos é mais. Se respeite. Se comprometa, sem passar por cima de si mesmo.
É isso, você está pronto para fazer seu cronograma. Se precisar de ajuda, nos chame.
Vamos adorar ajudar você nesta empreitada.
SOBRE A AUTORA
Paula Gonçalves
Consultora da Câmara dos Deputados na área de Tributação e Finanças, ex-Auditora da Receita Federal do Brasil (2º Lugar no concurso de 2003 para Brasília). Aprovada para Agente da Polícia Federal (2000), Analista de Planejamento e Orçamento (2003), Delegação de Notas e de Registro do Estado de Minas Gerais (2011), Analista de Processo legislativo do Senado (2012). Mestre em Direito Tributário pela Universidade Católica de Brasília - UcB, Graduada em Direito pelo UniCeub em 2008, com pós graduação em Direito Constitucional pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (2011).
Aprenda junto com quem sabe o caminho das pedras e tenha a segurança de estudar certo e de forma organizada!
Treinamento personalizado para ser aprovado em concurso público, ter estabilidade e uma excelente remuneração para viajar pelo mundo e curtir a vida com as pessoas que ama.
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