técnica de memorização para concurso público

Descubra a técnica de memorização para concurso público que estava na sua cara esse tempo todo e você não viu

Aprenda agora a surpreendente técnica de memorização que ajudou o Coach de Concursos Leonardo Marcelino a passar no Senado, TRT, MPU, ABIN e CGU e fará você lembrar tudo que estudou na hora da prova (inclusive as leis secas).
em 28 Março 2019
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Um dentre os vários problemas pelos quais todo concurseiro em algum momento vai se deparar é com o esquecimento de determinados assuntos que já tenha estudado.

Infelizmente... apesar de nosso cérebro ter uma enorme capacidade de “armazenar” informações (lembranças seria o termo mais correto), não é tão simples assim fazer com que algo que tenhamos estudado seja memorizado.

Em nosso dia a dia, deparamo-nos com dezenas ou talvez centenas de informações.

Aquelas que tenham alguma conexão/valor emocional ou que seja considerada importante em termos de benefício interno se tornarão memórias de longo prazo.

A série Use a Cabeça ilustra o mecanismo da memória de uma forma bem-humorada: apresentando uma hipotética situação em que durante uma caminhada um tigre salte em sua frente.

É certo que... esta cena e muitas informações a ela ligadas dificilmente serão esquecidas.

Como não seria exequível tentar conectar todo o aprendizado a alguma emoção, precisaríamos utilizar algum outro mecanismo ou técnica para fazer com que o conhecimento adquirido seja registrado na memória de longo prazo.

Há várias técnicas que nos auxiliam a memorizar conteúdo.

A que veremos neste artigo é a técnica de repetição espaçada combinada com os flashcards.

 

Técnica de memorização: repetição espaçada

A técnica de repetição espaçada consiste em repetir uma mesma informação após determinados intervalos de tempo. A figura abaixo ilustra o funcionamento da técnica.

As informações que lembrarmos corretamente serão distribuídas em “caixas temporais” com prazo cada vez maior.

Já as informações que não conseguimos lembrar ou que respondemos incorretamente serão repetidas permanecendo em caixa temporal com prazo curto.

Essa técnica é muito utilizada no estudo de idiomas, geralmente, combinada com flashcards em softwares específicos.

E o que é um flashcard? É um cartão com informações nos seus dois lados.

Em estudos de inglês, por exemplo, colocamos a palavra, expressão ou frase em inglês de um lado e o seu significado do outro.

Cabe destacar que a forma como construímos nossos flashcards é importante.

 

Para isso, seguem algumas recomendações:

#1 cada carta tenha apenas uma pergunta e uma resposta simples e o mais direta possível. Não é uma boa fazer transcrições inteiras. Se a pergunta ou resposta for muito extensa, o processo de memorização pode ser prejudicado.

 

#2. estruture a resposta com o tipo de informação que mais lhe auxiliem na memorização. Pode ser texto simples, figuras, esquemas, áudio, vídeo, etc. Quanto mais conseguir ligar a informação a algum evento marcante para você maiores as chances de memorização.

 

#3. considere criar cartas apenas de informações relevantes, possivelmente selecionadas ao ter contato com o assunto ao fazer questões. Um assunto complexo que foi cobrado só naquele concurso de 2009 não é um bom candidato. ok?

 

#4. se o concurso alvo for realizado pelo CESPE/CEBRASPE, questões corretas são ótima candidatas para uma carta.
 

Anki

Anki é um dos softwares disponíveis que utilizam a técnica de repetição espaçada em combinação com os flashcards.

Ele está disponível nas mais diversas plataformas, tais como Windows, Mac, Linux, Android, iOS e web.

Com ele, podemos criar nossos próprios baralhos de cartas (decks) ou utilizar baralhos criados pela comunidade,

Interessante né!?

Basta adicioná-lo à sua conta no anki.

Lembrando que estes baralhos não são estáticos OK? Podemos ir ajustando eles de acordo com a nossa necessidade.

Na figura abaixo, temos um deck de inglês.

 

Ele está configurado para apresentar 30 cartas diariamente, sendo que destas 5 deverão ser cartas novas (ainda não vistas).

 

Dessa forma, teremos a repetição de assuntos em cartas já vistas, e a inserção de 5 novas cartas, expandindo nosso conhecimento sobre o assunto do deck.

 

O Anki usa a repetição espaçada conforme flashcard mostrado na figura abaixo.

Notem que temos 4 botões para definir o tempo em que a carta será repetida.

Usamos o 1º quando não sabemos a resposta, por não lembrar ou mesmo por ser uma carta nova.

Os outros 3 usamos de acordo com a dificuldade com que lembramos da resposta. À medida que o Anki repete a carta e a informação nela contida fica mais fácil de ser lembrada o tempo apresentado nos botões vai aumentando.

Um outro recurso interessante que o Anki disponibiliza, apenas no aplicativo para desktop, é a criação de “sub-baralhos” baseados em tags.

Por exemplo.. em um baralho de Português com mais de 5 mil cartas, poderia ser produtivo criar um baralho derivado apenas com a tag concordância.

Assim..  Poderíamos ter um estudo ainda mais direcionado.

 

 Usando o anki em concursos

Agora que já conhecemos a técnica e um aplicativo que a utiliza, vamos conversar um pouco sobre como utiliza-los em nossos estudos para concursos.

A primeira coisa que precisamos ter em mente é que não existe uma “bala de prata”.

Não há técnicas, métodos, materiais, simpatias, ou qualquer outra coisa que sozinha seja o recurso definitivo para garantir sua aprovação.  E isso inclui o Anki, Ok?

O Anki pode ser sua ferramenta de revisão ou uma delas.

Eu, por exemplo, utilizava três: o Anki, o Evernote (onde coloco minhas notas e resumos) e os mapas mentais.

Isso significa que... o tempo alocado para revisões era compartilhado entre essas três ferramentas.

Com a ferramenta (ou ferramentas) já definidas,  o próximo passo é definir o tempo que será alocado para as revisões.

Esse tempo é muito importante, pois será seu balizador no uso da ferramenta. Vamos a um cenário prático para ilustrar melhor esse racional.

Considerando uma configuração no Anki para 100 cartas diárias, sendo 30 novas e 70 repetidas,é pouco provável que consigamos utiliza-lo em sua totalidade em prazo menor que 1 ano.

Poderíamos fazer uma configuração com mais cartas? 500? 1000?

É possível!

Mas não acho que seja recomendável, tanto pelo desgaste que essa enorme quantidade de informações pode causar, quanto pela necessidade de executar outras atividades, como leituras, exercícios, etc.

E olha que estamos falando de um deck já pronto. Imagine o trabalho que seria construir do zero um baralho desse tamanho.

Então...

 

Como seria uma boa forma de utilizar o Anki?

Mulher com dúvida

Considero que o melhor é começar do zero mesmo!

Fazer seu próprio baralho (ou baralhos), com sua própria forma de organizar as ideias e seguindo as dicas lá de cima para criar suas cartas.

Em resumo, gerar cartas a partir de questões que você vai fazendo, com assuntos recorrentes que você tenha dificuldade em responder.

Esses são os melhores candidatos.

Com isso, seu baralho vai crescer gradualmente, estruturado de acordo com sua forma de organizar seu conhecimento/aprendizado.

É recomendável que o tempo alocado para revisões seja proporcional ao “seu tempo de estrada” - de concurseiro mesmo.

Se está começando sua vida de concurseiro hoje, a necessidade de revisão é praticamente inexistente, uma vez que há pouco conteúdo estudado que seja especificamente voltado para concurso.

Geralmente, recomendo começar as revisões após o 2º ou 3º ciclo de estudo de uma disciplina e com desempenho nos exercícios superior a 50%.

Antes disso... Leitura de teoria e exercícios de concursos anteriores pode ser mais efetivo.

Quer mais dicas para otimizar sua preparação para concursos públicos, separei 3 artigos para você:

#1 O delegado de polícia e consultor VP Concursos Agusto Garcia explica de forma bem completa como fazer um edital esquematizado. Clica no link e confira! https://vpconcursos.com.br/blog/como-criar-edital-esquematizado

#2 E se quiser saber mais sobre como estudar para concurso, dá uma olhada neste guia completo que vai ajudar você a ir, com segurança. do zero à aprovação.
Clica no link e confira! https://vpconcursos.com.br/blog/como-estudar-para-concurso

#3  Conheça 4 atitudes que podem tirar sua vaga no concurso do Senado Federal e aprenda o que você precisa fazer para ter uma mentalidade de aprovado e conseguir sua vaga no Senado Federal. Clica no link e confira! https://vpconcursos.com.br/blog/concurso-senado-federal

Até a próxima!

                                                                                                                                                                                 

SOBRE O AUTOR DO ARTIGO

Leonardo Marcelino

Atualmente, servidor do Senado Federal, cargo de Analista de Informática Legislativa. Já trabalhou como Analista de Finanças e Controle na Controladoria-Geral da União. Formado em Sistemas de Informação pelas Faculdades Integradas do Oeste de Minas (FADOM). Foi militar da Força Aérea Brasileira e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Principais aprovações: TRT-MG 2009: Analista Judiciário – Tecnologia da Informação; MPU 2010: Técnico de Informática; ABIN 2010: Oficial Técnico de Inteligência – Desenvolvimento e Manutenção de Sistemas; BNDES 2011: Profissional Básico – Análise de Sistemas-Desenvolvimento; SENADO 2012: Analista – Informática Legislativa – Análise de Sistemas e CGU 2012: Analista de Finanças e Controle – Desenvolvimento de Sistemas.